
Ao longo dos últimos dois anos o papel do escritório tem mudado de forma progressiva. Moldado às necessidades de preservação da vida das pessoas durante a pandemia, algumas novas modalidades de trabalho foram sendo experimentadas pelas pessoas.
Para se ter ideia, durante os primeiros 6 meses de pandemia 46% das empresas brasileiras modificaram o regime de trabalho para Home Office e remoto. Um ano depois, 11% dos trabalhadores brasileiros ainda permaneciam trabalhando à distância.
Tendo isso em vista, neste artigo você vai compreender melhor qual a diferença entre cada tipo de trabalho e quais são, segundo estudiosos de Harvard, as perspectivas para o futuro do trabalho daqui a 10 anos.
Home Office X Trabalho Remoto. Tem diferença?
Essa dúvida tem sido muito comum entre funcionários e empregadores. A diferença entre eles, no entanto, é bem simples. Enquanto no Home Office o trabalhador exerce suas funções e participa de reuniões exclusivamente em casa, no trabalho remoto a pessoa tem mais liberdade geográfica e decide de onde quer trabalhar: seja de um café, da praia, de uma chácara ou ainda de escritórios Coworking, como o Oficina670.
Em outras palavras, o trabalho remoto abrange diversas possibilidades. Com mais flexibilidade, diversas empresas têm optado por uma terceira alternativa: “Anywhere Office” (escritório em qualquer lugar), que inclusive mantém à disposição do funcionário um escritório dentro da sede da empresa no qual ele pode ir trabalhar quando sentir necessidade.
O trabalho daqui a 10 anos
Todos esses formatos diferentes de trabalho têm sido estudados por Prithwiraj Choudhury, professor da Harvard Business School, desde antes da pandemia. Para ele, especialista em trabalho remoto, em 10 anos as pessoas deixarão de dizer “trabalho remoto” para chamá-lo apenas de “trabalho”, dando a entender que este será um caminho natural para o mercado.
Em uma entrevista concedida ao site Bloomberg, o especialista afirma que os escritórios irão receber novos propósitos: como passar tempo de qualidade com os colegas de trabalho. Sendo assim, os ambientes corporativos tendem a ser direcionados apenas a reuniões e trocas de ideias pontuais entre colegas.
Trabalho solitário e produtividade
Em sua pesquisa, Choudhury estudou empresas que já eram 100% remotas antes mesmo da pandemia. Suas conclusões colocaram luz ao que ele chama de “oportunidade única” no mercado de trabalho: pessoas que trabalham de forma híbrida são mais produtivas e apresentam menos probabilidade de saírem da empresa. “Aquelas corporações que não se adaptarem, correrão riscos cada vez mais altos de ficarem com escassez de mão de obra”, analisa.
O coworking neste novo cenário
Muitas são as pessoas que simplesmente não conseguem se adaptar a uma rotina de trabalho dentro de casa, seja pela programação mental de cada um ou ainda por sentir falta de uma estrutura de escritório profissional e contato com pessoas diariamente. Por um motivo ou outro, os escritórios coworking têm se tornado uma solução viável, já que proporcionam estrutura, rotina e interação social.
Alguns deles, como o Oficina670, procuram oferecer às pessoas mais do que uma estrutura, mas uma comunidade à qual possam pertencer. Mesmo reunindo pessoas de inúmeros nichos de mercado, a interação entre áreas ajuda na criação de novas ideias e no debate mais abrangente, mesmo no cafezinho na metade da manhã.
Em resumo, Choudhury aponta que a pandemia apenas acelerou um processo que, aos poucos, já vinha acontecendo nas empresas com mais maturidade organizacional. Além do ganho de produtividade, a liberdade geográfica dos colaboradores permite não só que eles tenham mais qualidade de vida (e menos custos), mas também possibilita aos empregadores contratarem talentos de qualquer lugar, sem o empecilho da distância.
E quando se fala no modelo dos escritórios do futuro, o estudioso afirma: o formato de escritórios em cubículos logo será defasado. O que as pessoas precisam é de mais salas de reunião e cozinhas comunitárias nas quais possam debater ideias sem precisarem estar (literalmente) dentro de uma caixa.
De uma maneira ou outra, podemos seguramente dizer que o mercado de trabalho e as suas dinâmicas já não são mais as mesmas e devem continuar se modificando cada vez mais rápido. As inovações neste sentido também se estendem à forma como empresa e funcionário firmam seus acordos, que têm aumentado a responsabilidade e também os benefícios dos contratos de trabalho, como é o caso dos contratos de Vesting, assunto sobre o qual já falamos no blog – você pode ler clicando aqui.
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