19 de novembro é o Dia do Empreendedorismo Feminino – uma data importante para reconhecermos as empreendedoras ao nosso redor e inspirar outras mulheres a empreender também!

Dados da pesquisa GEM 2021, realizada pela parceria entre o Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), apontam que apenas 45,9% dos empreendedores, no Brasil, são mulheres. Além disso, evidenciou a grande queda de empreendedoras com experiência no mercado que, por diversos motivos, tiveram que abandonar seus negócios durante o ano de 2020 – entre os empreendedores estabelecidos, elas somam 31,3%.

Por outro lado, o estudo mostrou que 55,5% das pessoas que começaram um negócio no fim do ano passado e início deste ano são mulheres! Inspirador, né? Pensando em te inspirar ainda mais, reunimos histórias de empreendedoras que inspiram fazendo no nosso dia a dia – vem com a gente!

“Eu sempre fui muito incentivada a empreender, a ter meu próprio negócio. Fui resistente por muito tempo e, para iniciar essa jornada, precisei de um amadurecimento profissional. Acreditava – e ainda penso assim – que precisava de uma boa base de experiências teóricas e práticas para então agir.

Confiar no que eu estaria fazendo, em um negócio próprio, era essencial. Consegui tomar essa ação a partir do momento em que achei uma abordagem para a minha área – sou formada em Publicidade e Propaganda – que fez sentido para minha forma de ver o mundo. Sinto que, para empreender – seja com um negócio próprio, seja intraempreender, quando estamos dentro do negócio de alguém – é fundamental acreditar. Acreditar no teu trabalho, na tua visão, na tua forma de fazer. Isso, eu encontrei em 2015, com o Branding, a gestão de marcas.

O principal desafio a partir daí, foi confiar em mim, nas minhas habilidades, conhecimentos e convicções. Contar com uma rede de apoio ajudou nesse processo, afinal, é importante dizer que não empreendi sozinha. Além do Pedro, meu sócio de vida, tinha o apoio da minha família muito presente. Isso ajudou muito no processo de autoconfiança e na forma como iniciei a jornada.

Empreender é se desafiar constantemente. Saber ouvir, perceber, sentir. Estudar também. Considerar fazer coisas que não planejávamos, mas que trazem belas surpresas. E quando não são tão belas assim, entender como se adaptar, sem perder a essência. Pra mim, empreender é movimento e descoberta constantes. Exige inquietude, persistência e coragem. E, na minha visão, exige gente. Pessoas que estejam junto, acreditando naquilo que foi idealizado e transformando em realidade, a cada dia.

Li esses dias, não lembro onde, que, para empreender, a mulher precisa trabalhar muito fortemente a autoconfiança. Eu vejo – e vivi – que ser mulher é um desafio dobrado, não há como negar que existem maiores barreiras para nós: o feminino está ganhando espaço, mas o olhar desconfiado ou a necessidade de “provar” seu valor, estão presentes em muitas reuniões, apresentações, encontros informais. É um capítulo à parte se descobrir nesse sentido – vi mulheres muito renomadas nesse papel também, o que evidencia que o caminho é relativamente mais cansativo para nós.”

“Desde o início, a agência sempre me acolheu e me apoiou muito em todos os momentos para meu crescimento profissional e pessoal. Sempre incentivando e principalmente me abraçando em todos os momentos para continuarmos assessorando pessoas que também estão investindo em seus empreendimentos, projetos pessoais e profissionais com o intercâmbio.

Busco estar envolvida em projetos que me agreguem valores e conhecimento, como na área de Marketing Digital – com criação de conteúdo, SEO, organização e planejamento de estratégias para internet. Também sou voluntária digital na UNICEF Brasil, onde compartilho e participo de projetos em prol dos direitos das crianças e adolescentes em todas as áreas, especialmente para o mercado de trabalho e saúde mental. Além disso, realizo treinamentos que envolvam profissionais de outros idiomas e culturas, entendendo que a diversidade nos complementa e impulsiona.

Estar sempre em contato com as novidades e buscando aprimoramento é vital para mim. Sempre acompanho as atualizações mundiais nas áreas de tecnologia, economia, política, história, direito, entre outras.”

“Considero-me uma pessoa empreendedora. Acredito que minha profissão tenha me tornado propositiva, estimulando minha imaginação – uma vez que o trabalho do Arquiteto é buscar uma solução para uma demanda trazida pelo cliente. Mas, eu gosto tanto disso, que acabo levando essa força para fora do meu escritório de Arquitetura. Acabo tendo alguns negócios em paralelo e também incentivo outros profissionais a pensarem sobre o seu negócio. Acho que o empreendedorismo vicia.

Para falar um pouco da minha história, me formei em 2006 e logo abri meu escritório como profissional autônoma. Nunca pensei em ser funcionária de alguém. Nas voltas que o mundo dá, em 2012 fui convidada para ser professora numa Universidade e aceitei o desafio. Entre 5 e 6 anos, fui exclusivamente docente, mas chegou o momento que senti muita falta de ser dona do meu próprio negócio.

No final de 2019 ocorreu meu desligamento com a Universidade e meu salto de volta ao empreendedorismo. Abri um coworking segmentado para arquitetos, engenheiros e designers, com empresas da região como apoiadores. Uma proposta bem inovadora para a região, mas como muitos negócios, foi bastante afetado em função da pandemia.

Desde abril de 2021, me dedico ao meu escritório de Arquitetura, que faz projetos residenciais de construção, interiores e também paisagismo. Além disso, nas horas vagas, gerencio um pequeno negócio de venda de cosméticos e bijuterias, representando marcas consolidadas e que se afinam na proposta de autocuidado e autoconfiança para as mulheres enfrentarem o seu dia a dia.

Sobre os desafios a serem enfrentados, cito a questão da sustentabilidade de um negócio que passa por aspectos sociais, financeiros e tecnológicos. Lidar com as pessoas requer certas habilidades essenciais para que o teu negócio prospere. O dinheiro precisa ser controlado de forma precisa, tanto o que entra como o que sai. O uso das tecnologias e suas constantes e rápidas evoluções fazem toda a diferença no desenvolvimento da sua empresa – nem sempre nossa formação original nos deu esses conhecimentos, por isso, é essencial buscar conhecimento e se atualizar constantemente.

Para mim, empreender é buscar soluções, ser criativa, ativa. Independente se tem ou não um negócio próprio.”

“Iniciei minha caminhada como empreendedora recentemente, em março deste ano, quando surgiu a oportunidade de trabalhar em um escritório de advocacia com características muito próximas com o que vinha buscando após um ano e meio de formada. Em seguida, percebi que seria o momento de, concomitantemente, colocar em prática algo que estava em meus planos desde a época da escola: trabalhar com a escrita – e assim comecei a divulgar meu trabalho como revisora de textos.

Ao mesmo tempo em que o novo, por vezes, causa-me certo desconforto, é indo em sua direção que percebo evolução e vou me encontrando enquanto profissional. Me sinto atraída por ter a oportunidade de “colocar para fora” o que há dentro de mim, e, de alguma forma, fazer a diferença nos ambientes em que atuo.

Vejo que é necessário mergulhar em experiências, bem como atentar aos sinais que podem abrir portas. Estar em um ambiente saudável, com pessoas com as quais me identifico e trabalhar com o que acredito são fatores que fazem toda a diferença.

Nesse pequeno texto, analisar minha atuação enquanto empreendedora é extremamente prazeroso e mais um desafio, diante de tudo o que envolve essa palavra: enfrentamento, dedicação, acreditar no sonho que se tem. Estou apenas no início e espero, em algum momento, servir de inspiração para outras pessoas, sobretudo encorajar e representar mulheres, valorizando o potencial que há em cada uma e mostrando a transformação que podem fazer nos mais variados espaços em que se fazem presentes.”

“Meus pais sempre me ensinaram a ser livre e buscar o que eu quero, ir em busca dos meus sonhos. Levo essa liberdade comigo, sou muito “caruda” na vida, não tenho medo das coisas porque eles me ensinaram isso, sabe? E isso também é o que tento ensinar para a minha filha, que agora fez 1 ano e meio. Quero que ela também seja livre nas escolhas dela.

Nunca tive medo, mesmo com vários desafios de mudança, de crescimento, e eu sempre os encarei, sempre estive à frente das mudanças. Acho que é isso que diferencia os profissionais hoje.

O nascimento da minha filha foi o meu renascimento – tenho menos medo ainda de fazer as coisas, quero que as coisas andem, quero que a energia flua – minha filha me fez abrir mais ainda minha mente para isso.

Na hora de voltar da licença maternidade eu disse para o meu chefe que não planejava seguir na empresa e ele disse “abre a tua empresa e presta uma assessoria aqui pra nós”. Então foi isso que fiz em novembro do ano passado. Auxiliei por uns 8 meses com um contrato fixo, o que me ajudou a ficar tranquila com a minha empresa nova, porque eu nunca fui empreendedora. Surgem muitas desconfianças, muitos medos, e por outro lado faz a gente se reinventar. No começo fiz vídeos muito caseiros, muito simples – nunca tinha feito – mas comecei a fazer e a divulgar. Percebi que as coisas tomaram uma proporção muito grande. Eu acho que falta muito no mercado pessoas que falem a língua das pessoas nessa área – o pessoal tem medo da contabilidade, mas temos que deixar as coisas mais simples, mais mastigadas. Foi isso que comecei a fazer.

Hoje eu tenho um escritório de contabilidade, atendo vários clientes e também atendo uma empresa que fica dentro do Oficina670, o Portal do Médico! Sou da área financeira e sou muito grata! Tento ser uma profissional que dá a resposta pro cliente, que não deixe ele esperando – o que eu não sei eu vou descobrir. Eu não não sei de tudo, mas o diferencial de uma empresa é essa evolução e constância. Ser constante no que você faz. Isso vai te trazer benefícios a longo prazo – o que vai fazer a diferença é a constância.

A gente sempre precisa estar evoluindo, sempre. Tem que deixar a energia ir e vir, tem que se permitir fazer diferente – mas temos que permitir que o diferente venha até nós. Sem medo.”

“Sou Arquiteta e Urbanista, formada em 2015. Estava planejando realizar o sonho de empreender como autônoma, quando recebi um empurrãozinho da vida em 2017 e em 2018 resolvi agir.

Empreender é ter coragem, abrir mão das seguranças e certezas, é entrar em ação. É estar em constante aprendizado, testar, ver o lado bom e melhorar na dificuldade, modificar. Ser empreendedora é ter paciência e fé. Empreendendo me realizo, pois acredito no meu trabalho e no bem que proporciona na vida das pessoas. Isso me move e me faz perseverar, acreditando e visando a boa colheita.”

“Eu estudo Design desde 2011 (desde os meus 11 anos, pois era moda na época aprender a editar fotos e banners no Orkut). Comecei pelo Photoscape, fui para o Gimp e depois para o Photoshop. Na época já tirava algumas moedinhas fazendo esses materiais para redes sociais. No entanto, nunca reparei que era a minha área favorita até ir para a graduação de Letras. Lá eu não me vi na área da docência, pois eu curto ser informal e colocar arte em tudo, só me vi mais interessada em voltar ao antigo hobby.

Atualmente tenho um Instagram para mostrar meu conhecimento e para fazer uma troca com quem chega lá, o @adobe_design, onde também ofereço serviços de freelas, compartilhando os valores e demais informações. Faço de tudo, afinal, precisamos sempre evoluir nessa época em que tudo é novo!

E desde a tradução até a montagem de um site, tudo o que eu aprendi eu tento exercitar todos os dias para não perder. Estou me formando em Letras no ano que vem e curso Publicidade e Propaganda paralelamente. Também trabalho como Designer UX/UI na Tezus aqui no Oficina670 e de vez em quando faço publicações para o Instagram da marca, auxiliando na parte visual e chamadas. Assim eu consolido minha experiência para oferecer mais para a empresa e para empreender.

Na minha percepção, nós, mulheres, somos ótimas em compreender as pessoas e suas necessidades, mas devemos sempre ter pulso firme, principalmente quando duvidam da nossa capacidade.”

“Primeiro, eu gostaria de agradecer o convite e dizer que estou feliz em contribuir com essa data de imensa conquista e reconhecimento a todas as mulheres empreendedoras, que disponham do seu tempo para engrandecer os seus negócios, pensando fora da caixa e buscando genuinamente impactar a vida das pessoas com seus produtos ou serviços. Empreender para mim é sobre se entregar de corpo e alma às suas paixões, guiadas com muita verdade pelo seu propósito, assim como enfrentar os desafios constantes com muita garra e peito aberto.

Meu envolvimento com o empreendedorismo começou desde muito cedo, meus pais tinham um negócio próprio e eu cresci admirando minha mãe em sua jornada. Além disso, sempre busquei a independência, não é à toa que ingressei no Mercado de Trabalho aos 14 anos como Jovem Aprendiz. Quebrar paradigmas, vencer obstáculos, ser competitivo e se manter resiliente são as minhas leis diárias para enfrentar o mundo dos negócios.

E sempre carreguei um sonho latente comigo: planejar e comandar o meu negócio! Recentemente, com muito orgulho, o projeto saiu do papel! Se você compartilha desse desejo também, vá e faça acontecer! Não aceite se você é bom nisso, explore o seu potencial até se tornar excelência no assunto. Sucesso depende de pequenos esforços repetidos todos os dias. Somos todas vencedoras!”

Ficamos sem palavras depois das palavras de tantas oficineiras inspiradoras. O texto ficou longo, mas deu pra perceber que o Empreendedorismo Feminino tem muita força por aqui, certo? Elas inspiram fazendo!