É muito comum que empresas comecem a investir em mídias sociais acreditando que elas serão apenas mais um canal para vender seus produtos.
Só que as redes sociais normalmente têm um papel diferente durante o funil de vendas, que é o de relacionamento com o cliente.
Se relacionar com o cliente significa fidelizá-lo, manter um vínculo de longo prazo e fazer com que se torne um defensor da sua marca, propagando-a para outras pessoas.
Segundo Neil Patel, um dos principais influenciadores do mundo em marketing online, este “é um conceito de marketing que expressa a conexão permanente entre uma empresa e seus consumidores, somando todas as interações.”
E, como em qualquer relacionamento, para mantê-lo firme e forte é preciso constância em diálogos, interações e reforço da identidade empresarial perante os clientes.
Para isso, é necessário aplicar técnicas de marketing que reforcem este relacionamento.
Listo abaixo 5 exemplos de quem peca em relacionamento com o cliente e, por isso, pode não estar tendo o resultado que deseja nas redes sociais.
1 – FALTA DE UM OBJETIVO CLARO
Não é esperto apenas criar uma rede social para sua empresa e “estar”. É preciso estratégia. Saber quem é seu público, quais redes sociais ele frequenta, definir conteúdos, verba gasta (sim, você precisa dedicar verba para suas redes sociais), qual a frequência adequada de postagens são alguns dos detalhes que devem estar definidos no momento em que você entrar nas redes.
2 – SE BASEAR EM REFERÊNCIAS INADEQUADAS PARA O SEU NICHO
Todo mundo um dia já se inspirou em alguém de muito sucesso, não é mesmo?
Nas redes sociais não é diferente, inclusive com as empresas.
Faz parte do ser humano querer evoluir e, portanto, não poderia ser diferente quando o dono da empresa almeja torná-la famosa, reconhecida, e se inspira em grandes marcas do seu segmento.
Porém, é necessário e sempre útil enfatizar que nem sempre a estratégia que atualmente funciona para uma empresa grande, provavelmente com um bom trajeto percorrido dentro do marketing digital, vá funcionar na sua empresa.
Tentar reproduzir as ações das gigantes de mercado pode ser um tiro no pé, te fazendo perder tempo e dinheiro.
Seja realista: se você vende produtos relacionados à beleza, a sua marca está no mesmo patamar que a Avon, ou que o Boticário?
Foque em construir sua marca nas redes sociais um dia de cada vez, e em aprender com os seus resultados, que funcionam melhor para o seu público, e assim repeti-los até chegar no seu objetivo.
3 – TER MEDO DE ANUNCIAR
Investir em redes sociais hoje é praticamente obrigatório para quem está neste meio, uma vez que estas redes se tornaram um grande mercado competitivo e, por isso, basicamente, se destaca quem paga por isso.
Além disso, o que não falta é tipos variados de segmentação, o que te permite alcançar exatamente o seu público-alvo, diferente de mídias tradicionais como rádio e TV.
Quando falamos em anúncios não queremos dizer que você deve investir mil reais por semana. Com 50 reais, por exemplo, já é possível fazer um bom anúncio para começar a impactar seus clientes. Assim, você vai aprendendo sobre quais tipos de postagens favorecem mais sua empresa, e com isso pode começar a investir mais dinheiro nos anúncios que deram certo.
4 – PROVA SOCIAL
Se você tem uma empresa, provavelmente já percebeu que as pessoas são mais propensas a comprar o seu produto depois de verem/lerem/ouvirem uma opinião de um atual cliente a respeito.
Isso é prova social!
Recebeu uma mensagem no Instagram falando bem do seu produto? Faz um post legal marcando essa pessoa, ou posta nos stories! Faz um destaque, quem sabe, com depoimentos dos clientes sobre os seus produtos ou a sua empresa…
Quando você dá provas sobre o seu produto para o seu público, está falando dos resultados que seus clientes tiveram com o seu negócio, e aproxima seu potencial cliente, que se identifica mais com o produto ou serviço.
É nesse momento que seus clientes vão vender seu produto, conforme falei lá no início.
A prova social também gera autoridade para o seu negócio e mostra que ele é transparente, o que aumenta a aceitação do seu negócio.
5 – NÃO FAZER TRANSMÍDIA E STORYTELLING
Histórias são relatos de eventos extraordinários, com pelo menos um protagonista, que é o personagem com o qual as pessoas irão se identificar.
Guardamos uma informação mais facilmente quando ela está nesse tipo de estrutura, que contém antagonistas, conflitos, começo, meio e fim.
Por quê?
Porque quando você atribui significados emocionais a elementos técnicos por meio de um contexto, um fato tem 20 vezes mais chance de ser lembrado. Legal, né?
E você pode fazer isso em várias redes sociais e momentos, o que chamamos de transmídia ou comunicação integrada.
Porém, nada disso dará certo se você não estiver a par de qual é seu público em cada mídia e como ele é impactado por histórias.
Com o storytelling transmídia, você amarra um contexto de forma mais elaborada entre diferentes mídias durante uma campanha, conseguindo mais engajamento entre seus clientes.
Espero que estas dicas tenham lhe ajudado a construir uma estratégia mais eficiente para a sua empresa.
Lembre-se: não há problemas em vender seus produtos nas redes sociais, mas uma empresa que só foca nisso está perdendo um grande público potencial.
Somos seres humanos, vivemos de histórias e conexões. Por que nas redes sociais isso seria diferente?