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Porque pesquisar pode mudar o rumo de um negócio

30/09/2021

Toda empresa tem sua forma de ser e agir, esteja ela clara, estruturada ou não. Essas características formam a cultura de uma marca, sendo ela “tudo o que fazemos sem que precisemos pensar para fazer” [Frederic Laloux]. Na Morama, existem 10 princípios que traduzem valores carregados desde os primeiros trabalhos realizados.

Falar sobre o que podemos confirmar, e não nos apoiar no que ‘achamos’ sobre algo, é um deles. Pode parecer algo dado, óbvio para muitos, mas precisa ser dito e repetido para que não caia no esquecimento da rotina diária.

Esse princípio da Morama nasceu com a marca e renasce em cada um de nossos trabalhos. Acreditamos que olhar para dados, fatos e vivências nos traz informações valiosas, capazes de fazer toda a diferença para a história de uma marca e organização. Por isso, a pesquisa de mercado é ponto fundamental em tudo o que fazemos.

A partir daqui, esse texto poderia tomar diversos rumos: contar cases, mostrar dados, trazer relatos de quem já esteve conosco nesse tempo, e tantos outros. Desta vez, quero compartilhar um pouco sobre como a investigação pode se materializar e se tornar fonte para, mais do que bons insights, grandes estratégias de marcas e negócios.

Na nossa área, podemos dividir a pesquisa em duas frentes: a quantitativa — que traz números e percentuais — e a qualitativa — que busca qualificar informações e dados, de modo a entender além do número, motivos e razões escondidas na mente das pessoas.

As duas metodologias podem ser aplicadas de forma independente ou combinada, dependendo do objetivo que temos em mãos. Quando falamos em quantificar, nos referimos a quantidade de pessoas que se identificam, concordam, dizem agir ou agem de determinada forma — esses números nos ajudam a planejar, olhar para cenários atuais e futuros, e agir com segurança.

Já através da pesquisa qualitativa, a mais utilizada na Morama, vamos significar os dados, entendendo motivos, pensamentos e sentimentos que ancoram a tomada de ação das pessoas. Podemos aplicá-la através de diferentes técnicas, que serão escolhidas dependendo dos objetivos, perfis de pessoas a serem abordadas, tempo e verba disponíveis para o projeto.

O que é possível explorar através de uma pesquisa qualitativa?

PERCEPÇÕES E RELAÇÕES: Entender a percepção das pessoas sobre determinado produto, marca ou empresa pode trazer benefícios diretos na hora de se relacionar. Quando estamos imersos, sendo parte de um negócio, torna-se cada vez mais complexo fazer uma leitura clara do que clientes, próspects e parceiros sentem, relacionam e pensam sobre a nossa marca.

SIGNIFICADOS: Outra função da pesquisa é compreender significados. Vamos pensar no que se refere à palavra inovação? Para uma empresa de tecnologia da informação, por exemplo, pode estar relacionada a novos componentes ou softwares. Já para uma escola, a mesma palavra pode estar ligada à forma de se conectar com os alunos, sendo ela através de meios digitais ou não. Um mesmo conceito pode ter diferentes significados. Dessa forma, podemos e devemos comunicar, mas é importante entender a linguagem das pessoas com quem queremos falar, para que essa conversa aconteça de forma fluida e eficaz.

PERCEPÇÃO DE VALOR: O que, do seu negócio, o seu cliente mais valoriza? O que você entrega de mais valioso à vida das pessoas envolvidas com a sua marca? Já vivemos momentos em que o responsável pela marca acreditava que todo o seu valor estava somente no produto, mas, ao cliente, encontrava-se no atendimento prestado, ou então na praticidade do serviço. Para negócios que já estão no mercado ou para aqueles que querem começar sua jornada, entender o que é mais relevante para as pessoas é diferencial em um mundo com tanta oferta.

São muitas questões a serem exploradas a partir de uma investigação como essa, tudo depende da abordagem, objetivos, e qualificação de quem a está aplicando. As pesquisas esclarecem, nos trazem segurança e entendimento sobre inúmeros fatores. Saímos dos achismos — muitas vezes ditos como verdades nas nossas bolhas sociais — e passamos a falar sobre dados, o que acaba por qualificar e trazer credibilidade ao trabalho realizado.

O que é importante para realizar uma boa pesquisa?

Mesmo com todos os dados disponíveis, o profissional que faz sua coleta e análise é de extrema importância: um mesmo dado pode ser desconsiderado ou virar trunfo para a construção da marca, dependendo de quem o interpreta. A neutralidade do analista também é fator determinante, tanto na leitura quanto na coleta dos dados, afinal, a interação com o entrevistado se torna mais aberta e imparcial. Saber o que e como perguntar é fundamental para que todo o projeto se desenvolva em todo o seu potencial.

Desta forma, podemos compreender percepções sobre marca, significados, esclarecer diferenciação e posicionamento, identificar novas oportunidades, testar a oferta de um novo serviço, entender a possibilidade de a empresa expandir ou até deixar de ir para outras áreas e focar na sua expertise para se fortalecer. É por isso que pesquisar pode mudar totalmente o rumo de um negócio.

Todos esses movimentos, quando ancorados por uma pesquisa, trazem mais assertividade e agregam valor àquilo que a marca entrega. Valor verdadeiro, e não inventado. Essa é outra premissa muito forte e presente no que entregamos: ser verdadeiro e real para quem está à frente do negócio, sempre buscando a essência de cada marca, com o intuito de conduzir seus movimentos junto às pessoas.

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